Depressão: causas, sintomas, tratamentos, diagnóstico

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

O QUE É FEMINICÍDIO?

              O QUE É FEMINICÍDIO?


O assassinato de mulheres em contextos discriminatórios recebeu uma designação própria: feminicídio. Nomear o problema é uma forma de visibilizar um cenário grave e permanente: milhares de mulheres são mortas todos os anos no Brasil. De acordo com o Mapa da Violência 2015, em 2013 foram registrados 13 homicídios femininos por dia, quase cinco mil no ano. Ainda assim, o enfrentamento às raízes dessa violência extrema não está no centro do debate público com a intensidade e profundidade necessárias diante da gravidade do problema.
O feminicídio é a expressão fatal das diversas violências que podem atingir as mulheres em sociedades marcadas pela desigualdade de poder entre os gêneros masculino e feminino e por construções históricas, culturais, econômicas, políticas e sociais discriminatórias.
A subjugação máxima da mulher por meio de seu extermínio tem raízes históricas na desigualdade de gênero e sempre foi invisibilizada e, por consequência, tolerada pela sociedade. A mulher sempre foi tratada como uma coisa que o homem podia usar, gozar e dispor.”

Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, juíza de Direito do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Essas desigualdades e discriminações podem se manifestar desde o acesso desigual a oportunidades e direitos até violências graves – alimentando a perpetuação de casos como os assassinatos de mulheres por parceiros ou ex que, motivados por um sentimento de posse, não aceitam o término do relacionamento ou a autonomia da mulher; aqueles associados a crimes sexuais em que a mulher é tratada como objeto; crimes que revelam o ódio ao feminino, entre outros. Trata-se de um crime de ódio. O conceito surgiu na década de 1970 com o fim de reconhecer e dar visibilidade à discriminação, opressão, desigualdade e violência sistemática contra as mulheres, que, em sua forma mais aguda, culmina na morte. Essa forma de assassinato não constitui um evento isolado e nem repentino ou inesperado; ao contrário, faz parte de um processo contínuo de violências, cujas raízes misóginas caracterizam o uso de violência extrema. Inclui uma vasta gama de abusos, desde verbais, físicos e sexuais, como o estupro, e diversas formas de mutilação e de barbárie.”
Eleonora Menicucci, socióloga e professora titular de saúde coletiva da Universidade Federal de São Paulo, foi ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres entre 2012 e 2015.
O conceito ganhou destaque entre ativistas, pesquisadoras, organismos internacionais e, mais recentemente, tem sido incorporado às legislações de diversos países da América Latina – inclusive do Brasil, com a criação da Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/2015) – na perspectiva de tirar essas raízes discriminatórias da invisibilidade e coibir a impunidade. Também para ressaltar a responsabilidade do Estado nesse cenário que, por ação ou omissão, é conivente com a persistência da violência contra as mulheres, inclusive quando ela se perpetua até o extremo da letalidade.
  1. O feminicídio pode ser entendido como um novo tipo penal, ou seja, aquilo que está registrado na lei brasileira como uma qualificadora do crime de homicídio. Mas, ele pode ser entendido também no sentido mais amplo, no seu aspecto sociológico e histórico. Nesse sentido, feminicídio é uma palavra nova, criada para falar de algo que é persistente e ao mesmo tempo terrível: que as mulheres sofrem violência ao ponto de morrerem.”
Debora Diniz, antropóloga, professora da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora da Anis – Instituto de Bioética. 


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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

ANSIEDADE

O que é ansiedade?

Quando se está prestes a realizar uma importante apresentação no trabalho, quando é dia de prova importante na universidade ou quando você vai encontrar aquela pessoa de quem você gosta — a ansiedade é um sentimento que aparece em diversos momentos, podendo ser diante daqueles que gerem um nervosismo, ou dos que têm tudo para serem ótimos e, por isso, geram a expectativa positiva.
Entretanto, esse tipo de ansiedade acontece com qualquer pessoa, sem que seja algo realmente tão relevante assim. O problema se configura quando a ansiedade passa a ser cada vez mais constante e proporcionalmente complicada de ser entendida. Já se sentiu ansioso sem nem mesmo saber o porquê?
A ansiedade que motiva este post é aquela que desencadeia uma série de reações involuntárias, causando comportamentos pouco saudáveis e que só trazem coisas ruins para o dia a dia. Nesses casos, há uma doença, que é chamada de distúrbio de ansiedade. Ela é configurada justamente quando a ansiedade surge por qualquer motivo, a qualquer momento e, muitas vezes, como consequência de uma série de acontecimentos da vida.

Quais os principais tipos de ansiedade?

Tão importante quanto entender o que é ansiedade é saber que ela pode se mostrar de diversas formas diferentes quando ela está nesse nível, conforme citado, como um distúrbio. Dessa forma, a ansiedade pode ser o fator de desenvolvimento de incidências bastante específicas, que têm suas próprias características e agem de diferentes formas na pessoa que as apresenta.
Conhecer cada um desses tipos de ansiedade é muito importante para entender como ela pode gerar comportamentos e reações específicas, dando origem a situações de níveis de distúrbio. Veja as principais a seguir.

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

Esse tipo de ansiedade é facilmente identificado na maioria dos casos, e se configura quando ela é bastante prolongada, fazendo com que absolutamente tudo seja atrapalhado pela persistência e a frequência de uma apreensão. É como se o sentimento nunca passasse, podendo ser percebido frequentemente ao longo do dia. A tendência é que isso se instale e mude bastante a vida de quem sofre.
A pessoa estará sempre muito preocupada, como se algo importante estivesse para acontecer, ou como se ela tivesse um compromisso importante. A sensação de iminência para algum fato também é muito comum, como uma espécie de sensação ruim frequente, causando muita inquietação.

Síndrome do pânico

Mais conhecida e difundida, a síndrome do pânico é um dos principais transtornos que a ansiedade pode causar. Nessa doença, as características são bastante particulares, afetando quem sofre dela com intensidades específicas.
Na síndrome do pânico, as crises são comuns e podem acontecer em qualquer momento e em qualquer lugar, sem nenhum tipo de sensação prévia ou motivação, afinal, ela é um distúrbio. A pessoa que sofre entra em desespero, caracterizado por um medo inexplicável, grande sensação de agonia e apreensão, como se algo de muito ruim estivesse prestes a acontecer.
As crises são recorrentes, mas muito difíceis de se perceber quando estão para ocorrer, o que causa ainda mais estresse e preocupação, tendo em vista que elas podem surgir até mesmo no trabalho. Como consequência, a síndrome do pânico interfere muito na qualidade de vida da pessoa, que está sempre na iminência de um novo momento como esse.

Crises de ansiedade

As crises de ansiedade acontecem de forma recorrente com as pessoas que sofrem do distúrbio clássico. Esses momentos são aqueles esporádicos, durante o dia, em que o sentimento de apreensão e alta expectativa acontecem sem nenhum motivo aparente, causando reações que, muitas vezes, são físicas.
Durante as crises de ansiedade, é mais difícil falar, há suor em excesso, como em casos de nervosismo, além da dificuldade de se concentrar em alguma atividade ou até mesmo ficar parado em algum lugar.
Essa não é uma situação tão complexa como outras, se resumindo aos sintomas comuns da ansiedade, mas acontece em momentos completamente aleatórios. É como se sentir muito ansioso sem ter motivo.

Ataques de ansiedade (crise existencial)

Muitas vezes encarada com pouca seriedade, a crise existencial, como é popularmente conhecida, é bem mais grave do que se pode pensar e, na realidade, ela é um ataque de ansiedade. Sua incidência é bem parecida com as crises, em que ela surge sem nenhuma razão ou causa aparente, mas ela traz consigo uma série de questionamentos e, principalmente, inseguranças.
A pessoa tende a questionar seu papel na sociedade, se suas escolhas de carreira e vida pessoal são corretas, duvida se é alguém de caráter e se suas atitudes são corretas, além de uma série de outras questões. A extrema insegurança sobre suas capacidades, decisões e relacionamentos é o que marca fortemente os ataques de ansiedade.

Quais são as causas da ansiedade?

Naturalmente, algumas pessoas estão mais expostas e suscetíveis à ansiedade. Não há uma causa exata que determine isso, e essa condição pode estar associada a uma série de fatores. Seja por questões de saúde (de ordem psicológica ou física), seja por genética, a ansiedade pode aparecer sem mesmo que haja algo de concreto. Veja a seguir as causas mais recorrentes identificadas.

fonte ==> http://viva.rituaali.com.br/bem-estar/o-que-e-ansiedade-veja-tudo-o-que-voce-precisa-saber/?utm_source=Google&utm_medium=CPC&utm_campaign=Dinamica&gclid=Cj0KCQjww7HsBRDkARIsAARsIT4yzSnlTHY6XIGlx2Vo_lIsSr8Wj5rEbHsv5lTmvRiKNFZQWAVnmjkaAiYzEALw_wcB


















terça-feira, 24 de setembro de 2019

Depressão

O QUE É DEPRESSÃO?
A depressão é um problema médico grave e altamente prevalente na população em geral. De acordo com estudo epidemiológico a prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil está em torno de 15,5%. Segundo a OMS, a prevalência de depressão na rede de atenção primária de saúde é 10,4%, isoladamente ou associada a um transtorno físico.
De acordo com a OMS, a depressão situa-se em lugar entre as principais causas de ônus, respondendo por 4,4% dos ônus acarretados por todas as doenças durante a vida. Ocupa lugar quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%).
A época comum do aparecimento é o final da década da vida, mas pode começar em qualquer idade. Estudos mostram prevalência ao longo da vida em até 20% nas mulheres e 12% para os homens.

Causas da depressão?

  1. Genética: estudos com famílias, gêmeos e adotados indicam a existência de um componente genético. Estima-se que esse componente represente 40% da suscetibilidade para desenvolver depressão;
  2. Bioquímica cerebral: há evidencias de deficiência de substancias cerebrais, chamadas neurotransmissores. São eles Noradrenalina, Serotonina e Dopamina que estão envolvidos na regulação da atividade motora, do apetite, do sono e do humor;
  3. Eventos vitais: eventos estressantes podem desencadear episódios depressivos naqueles que tem uma predisposição genética a desenvolver a doença.

Fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da depressão:

  • Histórico familiar;
  • Transtornos psiquiátricos correlatos;
  • Estresse crônico;
  • Ansiedade crônica;
  • Disfunções hormonais;
  • Dependência de álcool e drogas ilícitas;
  • Traumas psicológicos;
  • Doenças cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas, neoplasias entre outras;
  • Conflitos conjugais;
  • Mudança brusca de condições financeiras e desemprego.

    Sintomas da depressão

    1. Humor depressivo: sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. Acreditam que perderam, de forma irreversível, a capacidade de sentir prazer ou alegria. Tudo parece vazio, o mundo é visto sem cores, sem matizes de alegria. Muitos se mostram mais apáticos do que tristes, referindo “sentimento de falta de sentimento”. Julgam-se um peso para os familiares e amigos, invocam a morte como forma de alívio para si e familiares. Fazem avaliação negativa acerca de si mesmo, do mundo e do futuro Percebem as dificuldades como intransponíveis, tendo o desejo de por fim a um estado penoso. Os pensamentos suicidas variam desde o desejo de estar morto até planos detalhados de se matar. Esses pensamentos devem ser sistematicamente investigados;
    2. Retardo motor, falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentificação do pensamento, falta de concentração, queixas de falta de memória, de vontade e de iniciativa;
    3. Insônia ou sonolência. A insônia geralmente é intermediária ou terminal. A sonolência está mais associada à depressão chamada Atípica;
    4. Apetite: geralmente diminuído, podendo ocorrer em algumas formas de depressão aumento do apetite, com maior interesse por carbohidratos e doces;
    5. Redução do interesse sexual;
    6. Dores e sintomas físicos difusos como mal estar, cansaço, queixas digestivas, dor no peito, taquicardia, sudorese


    O QUE É FEMINICÍDIO?

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